05 jul 2018

Segurança e manutenção preditiva

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Qual empresa não busca ser cada vez mais competitiva no seu mercado de atuação? Pode parecer uma pergunta óbvia, mas nem todos os gestores têm conhecimento das ferramentas e ações que podem fazer a diferença no mercado. Uma delas é a manutenção preditiva que, quando utilizada de maneira adequada, contribui significativamente para a redução de custos, riscos e falhas na operação, o aumento da segurança dos trabalhadores e a melhora dos resultados da empresa.

Para se atingir estes objetivos, é preciso planejar uma boa gestão das máquinas e equipamentos e incorporar a manutenção preditiva na rotina da sua indústria. Entenda como neste artigo.

Mas o que é manutenção preditiva?

É muito importante conhecer este conceito na íntegra para entender a sua importância no mundo dos negócios. A manutenção preditiva é baseada nas condições de atuação dos equipamentos e máquinas, mas vai além disso! Tem como objetivo programar todas as intervenções necessárias no maquinário, com base em indicadores de desempenho dos próprios equipamentos.

Para isso, deve haver uma base de dados confiável, que pode ser fornecida por softwares de monitoramento e inspeções de desempenho, levando em conta indicadores como termografia, vibração, ferrografia, etc.

Entre as vantagens da implantação da manutenção preditiva estão a redução das paradas de emergências (não planejadas) da planta industrial, o aumento da confiabilidade na operação e das condições seguras para as equipes (com redução de acidentes ocupacionais), e a parada planejada da fabricação para a manutenção necessária.

E por que isso é importante para a minha indústria?

Você pode acreditar que se o seu negócio está funcionando muito bem sem isso, deve continuar do jeito que está. Sim, a manutenção preditiva pode requerer maior investimento e muito planejamento no início, mas pode fazer diferença lá na frente. Vejamos como isso pode acontecer!

Vamos pensar em uma situação. Com certeza, você investe na segurança dos trabalhadores da sua empresa, não é mesmo? As equipes de manutenção e os operadores de máquinas, que têm contato mais próximo com os equipamentos, devem estar protegidos dos riscos eminentes de uma planta industrial.

Para isso, existem equipamentos de proteção regulamentadas por normas do Ministério do Trabalho: Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (capuz, protetor auricular, óculos, luvas, etc) e os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs (cones, placas de sinalização, alarmes, cadeados e garras de bloqueio de disjuntores, bloqueio de válvulas, etc). Assim, aposto que você garante que estes dispositivos estejam disponíveis para a sua equipe. Acertei?

Se você investe em tudo isso, sabe que há investimentos necessários a serem feitos, mas que, a longo prazo, são revertidos em ganhos para o negócio. Como vantagens podemos citar a proteção do trabalhador contra riscos à sua segurança e saúde, redução de custos diretos e indiretos gerados por consequências de acidentes do trabalho, maior eficiência produtiva na operação e maior competividade no mercado.

Pois bem. A implantação da manutenção preditiva pode ocorrer da mesma forma. É preciso planejar, investir e colher os resultados mais para frente. Assim, a manutenção preditiva deve ser entendida como uma metodologia que faz parte da cultura de uma empresa. Trata-se de um acompanhamento estruturado e periódico dos equipamentos com base nas suas condições de trabalho.

Tipos de manutenções

A manutenção mais adotada sempre foi a corretiva que não exige nenhum gasto contínuo e só há custos quando a máquina ou equipamento apresenta uma falha que exige parada para reparo. No entanto, se colocados em uma planilha, estes custos acabam sendo mais elevados pois há prejuízo da produção até que o equipamento com defeito seja consertado. Isso sem falar no risco para o trabalhador, que atua sempre nas piores condições de segurança.

Já a manutenção preventiva é baseada em uma série de ações como intervenções programadas para prevenir a quebra. No entanto, pode ocorrer o desperdício de insumos e mão de obra, já que, não leva em consideração a real necessidade das máquinas.

Assim, a manutenção preditiva é uma evolução dessa última. Por meio de medições, é capaz de identificar os equipamentos que precisam de maior atenção e antecipar as ações preventivas. Sem dúvida, a melhor opção para evitar que ocorram falhas e acidentes.

Ferramentas da manutenção preditiva

Esta metodologia funciona com base em algumas ferramentas, que estão resumidas abaixo:

Softwares de gestão: mais importante de todas as ferramentas, serve para monitorar as variáveis e ajudar no processo de planejamento e controle do maquinário, garantindo a eficácia da manutenção e redução de custos.

Microfiltragem: é a passagem do óleo por filtros a fim de eliminar partículas contaminantes que podem causar danos aos equipamentos (falhas de bombas e válvulas).

Ferrografia: análise de um lubrificante para identificar resíduos diversos e possíveis desgastes que estão ocorrendo dentro das máquinas.

Análise de vibração: identifica o alinhamento e o correto acoplamento de partes de uma máquina e se há trincas, por exemplo.

Endoscopia: mostra o que ocorre no interior das máquinas.

Agora que você já sabe o que é manutenção preditiva, pode avaliar como e quando adotá-la para benefício do seu negócio em relação à lucratividade, rentabilidade e segurança. Se tiver dúvidas ou quiser compartilhar comigo a sua opinião, envie um e-mail para contato@tagout.com.br. Aguardo o seu contato!

Sobre o autor: João Marcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM. Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).

 

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