Com a grande necessidade de produzir vacinas contra a Covid-19, o Brasil enfrenta um momento delicado, de grande investimento na indústria farmacêutica para atender a demanda da vacinação do coronavírus e de todas as outras que já fazem parte do calendário básico de vacinação.
O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fiocruz (CIBS), que está sendo construído na zona oeste do Rio de Janeiro, contará com 580 mil metros quadrados e irá quintuplicar a capacidade de produção do laboratório. Estão sendo investidos 6 bilhões de reais para conseguir aumentar a produção de imunizantes no país e, consequentemente, gerar milhares de empregos.
Segundo o site da Agência Brasil (EBC), três décadas atrás, o país produzia metade de todo IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) consumido no Brasil. Mas, de lá para cá, essa quantidade foi reduzindo e hoje o país produz apenas 5% do insumo. E 90% de todo o IFA usado no Brasil vem da China ou da Índia, que são os maiores produtores mundiais. Fonte: Agência Brasil.
A tendência é que o país e as empresas busquem nos próximos anos alternativas para produzir mais IFA no território nacional, construindo novas fábricas e gerando novos empregos. Entretanto, para manter o padrão dos processos, junto com a alta demanda, é de extrema importância que a indústria farmacêutica realize as manutenções das máquinas e equipamentos da maneira adequada, sejam elas preventivas, preditivas ou corretivas.
Gestão de manutenção na indústria farmacêutica
As manutenções são indispensáveis para a indústria manter a alta performance, com grande produtividade e segurança para os trabalhadores. Em especial, as manutenções preventivas e preditivas devem ser realizadas com extrema precisão, sempre que necessário, evitando paradas inesperadas que podem causar grandes prejuízos.
As manutenções preditivas consistem em fazer o acompanhamento contínuo das máquinas, visando coletar informações para estipular o tempo de vida dos elementos presentes nos equipamentos. Alguns dados que podem ser coletados são: análise da vibração, inspeção visual e ultrassom da máquina. Esse tipo de manutenção faz com que diminua a incidência de manutenções corretivas e preventivas.
Já as manutenções preventivas servem para antecipar os possíveis problemas que podem acontecer. Através da gestão de manutenção e do gerenciamento de risco, os trabalhadores conseguem fazer o levantamento antecipado dos problemas, como desgaste de peças, diminuição do nível de óleo de algum equipamento, entre outros.
As manutenções são responsáveis por garantir a qualidade dos produtos, custo estipulado e prazo de entrega. No caso da indústria farmacêutica, por estarmos num momento delicado, em uma pandemia, qualquer erro pode causar sérios danos à produção da vacina contra a Covid-19 e afetar todo o cronograma de vacinação do país.
Manutenções seguras com equipamentos de bloqueio e etiquetagem
Toda manutenção deve ser realizada com os equipamentos adequados para manter a segurança tanto dos trabalhadores quanto dos produtos que estão sendo produzidos. Seguir as boas práticas e todas as Normas Regulamentadoras é função de todas as indústrias e colaboradores.
Bloquear as máquinas corretamente com os equipamentos de bloqueio e etiquetagem, como cadeados de bloqueio, caixas de bloqueio em grupo, etiquetas de identificação, bloqueio de válvulas e outros, evitam acidentes e mantém a indústria com alta performance.
Além disso, um sistema de bloqueio adequado oferece melhorias no processo de manutenção, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
*Sobre o autor: João Marcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM.
Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).
Obs.: esse texto traduz a opinião pessoal do autor, não sendo uma opinião institucional do SaudeOcupacional.org.