O papel deles é garantir que os trabalhadores executem suas funções em boas condições de saúde física e mental e tenham uma interação saudável com o ambiente social e do trabalho. Sua atuação vai desde o processo de admissão à demissão do funcionário. Além de avaliar a capacidade do candidato ao emprego, cabe a eles realizar também avaliações periódicas do empregado, para verificar os riscos ocupacionais a que está exposto. Estamos falando do médico do trabalho, um profissional tão importante, que as empresas não podem abrir mão de seus serviços mesmo em tempos de retração do mercado, quando as companhias são obrigadas a fazer cortes de pessoal.
— Quanto melhor o índice de emprego numa localidade ou no país, melhora o campo de trabalho para esse especialista. Ele vai ter mais onde atuar. Mas o médido do trabalho também atua muito em épocas de retração, quando há muitas demissões — explica Márcia Gusmão, médica do trabalho do Centro Multidisciplinar Fluminense.
Ela explica ainda que isso acontece porque, por conta das obrigações da legislação trabalhista, todo empregado precisa passar por exames quando é admitido numa empresa e quando é demitido também. Mesmo as empresas que não têm a obritagoriedade legal de manter esse tipo de profissional em seus quadros precisa recorrer a consultórios onde atuam esses especialistas. Equipes completas de segurança do trabalho são exigidas apenas para empresas com mais de 250 funcionários, e, além do médico, elas são compostas também por engenheiros, enfermeiros, médico, auxiliar e técnico.
A medicina do trabalho é uma especalização em nível de pós-graduação. Em princípio qualquer bacharel em medicina pode fazer a especialização, mas é recomendável que tenha uma boa base em clínica geral. O mercado de trabalho vai desde as empresas que precisam contratar estes profissionais aos consultórios particulares. Os concursos públicos também são uma grande porta de entrada no mercado para essses profissionais que, em geral, atuam na fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista. Segundo Márcia Gusmão, o Rio de Janeiro vive um momento favorável para a profissão, por conta da quantidade de obras que estão sendo tocadas no momento, com vistas à realização dos Jogos Olímípicos.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho, existem cerca de 10 mil profissionais da área atuando em todo o pais, sendo que as maiores oportunidades estão nos estados do Sudeste e do Sul. Os salários variam de R$ 5 mil a R$ 10 mil.
Fonte: Extra.
Título Original: Médico do trabalho tem demanda até em épocas de retração do mercado